Espasticidade

A espasticidade é caracterizada pelo aumento do tônus muscular, que pode causar dificuldade de controle dos movimentos, dor e incapacitação funcional.

A espasticidade é caracterizada pelo aumento do tônus muscular, que pode causar dificuldade de controle dos movimentos, dor e incapacitação funcional. É um sintoma associado à disfunções neurológicas geralmente atreladas à doenças ou traumas como1,2:

  • Lesão cerebral traumática;
  • Esclerose múltipla;
  • Paralisia cerebral;
  • Lesão da medula espinhal;
  • Acidente vascular cerebral (AVC).

Sintomas da espasticidade3

Os níveis de sintomas de espasticidade podem variar de pessoa para pessoa, podendo apresentar desde uma leve rigidez ou contração dos músculos, até espasmos dolorosos e incontroláveis. Dor ou diminuição da amplitude das articulações também são comuns na espasticidade.

O impacto da espasticidade nos movimentos pode gerar:

  • Deformidades musculares e de articulações;
  • Fadiga e dor muscular;
  • Imprecisão dos movimentos;
  • Cruzamento involuntário das pernas;
  • Encurtamento do membro.
  • Dificuldade para realização de atividades simples do dia a dia, como alimentação e higienização autônoma.

A espasticidade pode afetar qualquer músculo do corpo, sendo mais comum nos braços e pernas², comprometendo diretamente a mobilidade da pessoa acometida por ela. A dor é resultado do aumento das contrações dos músculos e/ou a rigidez das articulações que podem se tornar fixas. O membro pode ficar “preso” em uma mesma posição e ter bastante dificuldade de movimento, fazendo, por exemplo, com que a mão se feche, o pulso entorte ou um braço fique dobrado contra o peito.

A deformidade permanente também pode causar feridas de pressão na pele, infeção do trato urinário pela dificuldade de higienização, entre outras complicações.

Tratamento da Espasticidade

O tratamento da espasticidade tem o objetivo de devolver a autonomia do paciente a partir da melhora da mobilidade dos membros afetados.

Ao mesmo tempo em que atuam para soltar os músculos, as terapias de reabilitação aliviam a dor, devolvem a autonomia em maior ou menor grau, a depender do grau de acometimento, mas sempre com melhoras significativas na qualidade de vida ao paciente.

A equipe de reabilitação do indivíduo com espasticidade deve conter médico neurologista e/ou fisiatra, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogo, psicólogos. Outros profissionais também podem estar envolvidos, a depender da necessidade do paciente.

Dentro das terapias de reabilitação, podem ser indicados3:

  • Medicamentos orais – atuando como relaxantes do sistema nervoso central.
  • Injetáveis – atuando diretamente no bloqueio e relaxamento dos músculos dos membros.
  • Cirúrgico – procedimentos operatórios pela ortopedia ou neurocirurgia.

É importante destacar que a evolução da espasticidade é constante, enquanto o problema de base que a causou não for possível de ser sanado. Por isso, o tratamento deve ser constante.

Referências

  1. https://www.aans.org/Patients/Neurosurgical-Conditions-and-Treatments/Spasticity
  2. https://www.hopkinsmedicine.org/health/conditions-and-diseases/spasticity
  3. Nair, K,P,S and Mrsden, J The management of spasticity in adults. BMJ 2014;349:g4737
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