A lesão medular se caracteriza por algum prejuízo na região da medula espinhal ou dos nervos que compreendem a extremidade do seu canal, podendo ocorrer por doenças ou traumas gerados em acidentes automobilísticos, esportivos ou armas de fogo, por exemplo.
A depender do local e gravidade da lesão da medula espinhal, ela pode causar paraplegia ou tetraplegia, com consequência de perda irreversível de força, sensibilidade e funções, afetando tanto os movimentos de membros (coordenação e espasticidade), quanto o funcionamento de outros órgãos internos.
Sistemas mais afetados:
Movimentos: fraqueza e/ou rigidez dos membros (braços e pernas), caracterizada por espasticidade que ocorre a partir da contração e enrijecimento dos músculos. Esta disfunção também evolui com condição dolorosa.
Sistema Urinário: incontinência ou retenção de urina, pelo comprometimento do controle muscular da parede da bexiga e esfíncter uretral.
Sistema Intestinal: incontinência fecal por comprometimento do controle do músculo do esfíncter anal.
Sistema respiratório: dificuldade respiratória.
Quando falamos da necessidade de oferecer tratamento integral aos pacientes neurológicos com limitações motoras, não podemos deixar de fora a atuação do terapeuta ocupacional. Ela compreende uma análise profunda das necessidades e objetivos do paciente, para a devida promoção de atividades essenciais para a retomada das funções básicas, que fazem toda a diferença para a […]
Ouça todos os PodcastsO tratamento da pessoa com lesão medular está condicionado à causa, ao grau de acometimento da medula e suas sequelas, mas deve contemplar um atendimento multidisciplinar composto por uma ou mais especialidades médicas, como neurologia, fisiatria, ortopedia, urologia, além de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia.
Referências
Medicamentos específicos, orais ou injetáveis, e procedimentos cirúrgicos ablativos ou neuromodulatórios estão entre as indicações a este perfil de paciente.
A base da reabilitação do paciente com lesão medular visa a promoção constante do seu movimento e mobilidade, seja pela contenção da espasticidade como pelas demais consequências geradas ao indivíduo, para devolver e preservar a sua autonomia de execução de atividades cotidianas.
Referências